João Oliveira deputado do PCP pelo distrito de Évora na Assembleia da República (AR) defendeu, em conferência de imprensa organizada esta semana pela Direcção da Organização Regional de Évora do PCP, que o Partido propôs na AR, em relação à futura ligação férrea Sines/Elvas, a concretização de uma solução técnica, com três cais, que permita a carga e descarga de mercadorias e o transporte de passageiros, em Vendas Novas, Évora e na designada zona dos mármores, abrangendo os concelhos de Alandroal, Borba, Estremoz e Vila Viçosa, nomeadamente aproveitando o troço que atravessa o concelho de Alandroal.
O deputado do PCP defendeu que como está a iniciar-se o processo de concurso para a construção do primeiro troço da via férrea que finalmente restabelece a ligação entre a Linha do Alentejo e a Linha do Leste, ligando agora Évora a Elvas, […] e que esta linha é essencialmente vocacionada para mercadorias, com as características de linha de tráfego misto e preparada para a circulação de comboios de passageiros à velocidade máxima de 250 km/h, estando assim reunidas as condições para que esta proposta seja concretizada.
João Oliveira referiu igualmente a proposta apresentada pelo PCP aponta que “a actual situação do País e os recentes acontecimentos verificados em várias dimensões da vida nacional, provam que o povo português está a pagar bem cara a factura da política de direita, de abandono e degradação dos serviços públicos, das empresas públicas e das funções do Estado”.
O deputado do PCP eleito pelo distrito de Évora acrescentou também que a esta proposta aponta a importância do envolvimento de municípios e empresas da região e a sua auscultação quanto à atractividade do transporte de matérias primas e produtos acabados pelo modo ferroviário […] e a circunstância, conhecida, de que a meio desta nova ligação, de 80 km de extensão, situam-se os aglomerados urbanos da Serra d’Ossa, Redondo, Alandroal, Vila Viçosa, Borba e Estremoz com população que carece de ser fixada e actividades económicas diversas, da agricultura à indústria das rochas ornamentais, a desenvolver.
Por isso, afirmou o deputado “o Alentejo não pode ficar a ver passar os comboios” e a concretização desta obra trará mais condições para travar o despovoamento do distrito, criando importantes factores para que exista um efectivo desenvolvimento global do distrito de Évora”.
Évora, 25 de Maio de 2018