Realizou-se no dia 7 de Maio, em Avis, o 15º Encontro Regional de Quadros do Alentejo do PCP com o lema “Por um Alentejo desenvolvido, Reforçar o Partido”, com a presença de Jerónimo de Sousa, Secretário Geral do PCP. Participaram mais de 200 quadros do PCP, de todo o Alentejo, com mais de trinta intervenções, abordando questões desde a organização e intervenção PCP até aos problemas do Alentejo e da regionalização, ao emprego, aos serviços públicos, à reposição de freguesias extintas e à situação política actual.
Sobre o Alentejo foi referido que “esta é uma região onde quatro anos de governo PSD/CDS, aprofundando décadas de política de direita, deixaram marcas negativamente profundas nas condições de vida dos alentejanos e que só com o aproveitamento das potencialidades existentes, com a criação de emprego, com um poder local democrático forte, com serviços públicos de qualidade na saúde, na educação, na cultura, na justiça e na segurança social é possível vencer o atraso a que fomos remetidos e que ao PCP vai continuar a mobilizar para a luta para o desenvolvimento do Alentejo”.
Foi também destacado o papel do Poder Local Democrático e das autarquias da CDU para o desenvolvimento do Alentejo, assim como na luta, com as populações, contra o encerramento dos serviços públicos, e pela defesa da escola pública, da água pública e da reposição das freguesias extintas pelo governo PSD/CDS.
Para a criação futura da região Alentejo foi referida a importância do objectivo de criação da Comunidade Regional do Alentejo, processo lançado no Congresso AMAlentejo, realizado recentemente.
Jerónimo de Sousa na intervenção de encerramento do encontro afirmou que “é imperioso quebrar o ciclo de submissão e subordinação do País à União Europeia" acrescentando que “o debate aqui realizado foi muito importante para continuar a luta em defesa dos trabalhadores e das populações do Alentejo, para termos um Partido mais forte, mais activo e interventivo, capaz de conduzir em toda esta vasta região essa luta com proposta e acção nas instituições, nas empresas, nos campos e locais de trabalho, no movimento sindical e nas organizações sociais e culturais”.
Sobre a solução governativa actual referiu que “sabemos onde estamos! Felizmente não sabemos onde estaríamos se o Governo PSD/CDS pudesse ter continuado a sua obra de destruição de direitos, de destruição de vidas! Temos um Orçamento do Estado diferente dos Orçamentos dos últimos anos que inclui medidas positivas de compromissos assumidos na “posição conjunta” de reposição de direitos e rendimentos extorquidos”.
A terminar afirmou que “é indispensável a ruptura com a política de direita e a concretização de uma política patriótica e de esquerda. É com a perspectiva da afirmação dessa alternativa que continuamos a trabalhar, empenhados na procura das soluções e tomada de medidas que correspondam a legítimas aspirações dos trabalhadores e do povo português a uma vida melhor”.