Por iniciativa da Direcção da Organização Regional de Évora está em curso uma acção política, exigindo mais auxiliares de educação e contra a precariedade nas escolas. Esta iniciativa insere-se na defesa da Escola Publica, a carência de assistentes operacionais, o congelamento das carreiras e a instabilidade laboral de milhares de docentes e não docentes e a falta de estímulos que são causa e efeito do processo de degradação da escola pública. O Ministro da Educação quer convencer o País de uma realidade que não existe, que existem auxiliares suficientes nas escolas, mas é falso, porque a utilização abusiva da contratação de tarefeiros ou de contratos de inserção social para suprimir as reais necessidades da falta de assistentes operacionais nas escolas, faz aumentar a precariedade e contribui para uma instabilidade permanente, situação que inevitavelmente se repercute na segurança, na disciplina e na aprendizagem dos alunos.
Esta é a triste realidade que o governo PS não quer aceitar, nem quer ver, só no distrito de Évora haverá falta de mais de 100 assistentes operacionais, além das dezenas que estão nas condições atrás descritas. Não se combatem problemas estruturais com paliativos conjunturais, por isso o PCP exige do governo PS: A resolução da carência de pessoal auxiliar nas escolas e a que crie as condições para acabar com a precariedade no âmbito da Portaria 112/2017. O que se passa no Ministério da Educação ilustra bem, como o governo pretende passar para as autarquias os graves problemas existentes na Escola Pública, desresponsabilizando-se de uma competência sua, conforme a Constituição da Republica Portuguesa, é na verdade a negação da promoção de uma política educativa que assuma a educação como um valor estratégico inalienável para o desenvolvimento do País.