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O Secretário-Geral do PCP, Jerónimo de Sousa, esteve no dia 9 de Junho em Évora numa audição sobre “Combate à Desertificação – promover o desenvolvimento e a coesão territorial”, com o objectivo de recolher contributos para construção do programa eleitoral do PCP.
Uma recolha que está a ser realizada por todo o País e que abrange temáticas como a Agricultura, Emprego, Saúde, Educação, Segurança Social, entre outras. O líder comunista estava acompanhado pelo deputado eleito por Évora, João Oliveira – o moderador da audição - e de outros membros do Comité Central.
Participaram na audição mais de meia centena de pessoas, entre as quais estavam técnicos, especialistas em várias áreas, professores universitários, presentes também dirigentes sindicais, presidentes de camara e outros eleitos bem como outras personalidades que aceitaram o convite do PCP.
Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa considerou que os desequilíbrios regionais e a desertificação social e económica são consequências das quase quatro décadas de política de direita. Políticas que agravam ainda mais os problemas nacionais e regionais e que estão também na base da desertificação do interior, em particular do mundo rural.
Salientou igualmente a gravidade das privatizações de importantes empresas estratégicas públicas que conduziram à extinção de delegações e serviços reduzindo postos de trabalho e aumentando a desertificação humana.
A defesa da regionalização como instrumento indispensável para a promoção do desenvolvimento, combate aos desequilíbrios regionais e coesão do território nacional foi apontada como de extrema relevância pelo Secretário-Geral.
No final dos trabalhos, João Oliveira afirmou aos jornalistas ter sido já recolhido um significativo volume de contributos para a construção do programa eleitoral, sublinhando também a importância desta audição em Évora. Considerou que os desequilíbrios no desenvolvimento regional “são problemas que devem ser considerados a nível nacional e têm a ver com opções políticas que, servindo grandes interesses económicos e financeiros, não servem as populações nem objectivos de coesão social e territorial”.
Sublinhou ainda o crucial papel do poder local no desenvolvimento regional, afirmando que “há um reconhecimento hoje que os meios colocados ao dispor das autarquias são utilizados com mais eficiência do que aqueles que são utilizados pelo poder central” e defendendo que “com a instituição das Regiões Administrativas encontraremos mais poder de contrariar estas opções que conduzem à desertificação e às assimetrias regionais”
Nesta audição o PCP veio recolher contributos dos diversos sectores da sociedade alentejana para a elaboração do seu programa que será apresentado no dia 7 de Julho. Iniciativa em que o PCP reafirmou que as propostas programáticas a apresentar são para cumprir e que vai lutar para as concretizar, estando disponível para assumir todas as responsabilidades que os eleitores lhe queiram atribuir.