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Comunicado: Direcção Regional do Alentejo do PCP

A Direcção Regional do Alentejo do PCP, reunida no dia 26 de Maio de 2015, analisou a situação politica e social na região, avaliou o desenvolvimento da acção política e de reforço do Partido.

 

I

Combater a mistificação e a mentira – romper com a política de direita

 

A Direcção Regional do Alentejo do PCP regista que, após a ausência de propostas para o Alentejo e o seu desenvolvimento por parte dos partidos da política de direita – PS, PSD e CDS, as estruturas regionais destes partidos e os deputados destas forças políticas, procuram, agora que se aproximam as eleições para a Assembleia da República apresentar-se com grande azáfama, desdobrando-se em acções que mais não visam captar o voto dos alentejanos para prosseguirem a mesma política de desastre para a região e para o País.

A DRA do PCP regista igualmente que, nesta sua acção, PS e PSD assumem considerar projectos para a região que antes ou negaram ou nada fizeram para a sua implementação, como é o caso do novo Hospital de Évora. Ao contrário destes partidos, o PCP apresentará na Assembleia da República um projecto de resolução com vista à sua efectiva construção.

 

A DRA do PCP regista ainda, por um lado, o rol de promessas, de acenos de “boas intenções” generalistas que não atacam os problemas estruturais do País e da região, que não rompendo com a política de direita, submetem o país aos interesses económicos e financeiros do grande capital nacional e estrangeiro e da União Europeia, procuram fazer crer que são alternativa, como faz o PS, e por outro lado o PSD cujo Presidente e Primeiro-Ministro Passos Coelho, na recente deslocação ao Alentejo afirmou que «O Alentejo mudou e o País mudou para melhor” acrescentando que «ninguém tem o direito de destruir o sacrifício dos portugueses».

 

A uns e a outros e ao povo alentejano, a DRA do PCP relembra que eles – PS, PSD e CDS – estão há 38 anos no governo do País, são eles os autores materiais do estado a que região e o País chegaram, com o desemprego a continuar, o despovoamento e o envelhecimento populacional a prosseguirem, a pobreza a aumentar, a economia regional (com particular ênfase para os micro pequenos e médios empresários e agricultores) a definhar, os problemas ambientais a agravarem-se.

 

A uns e a outros -PS, PSD e CDS, a DRA do PCP afirma que o País mudou para pior e que os sacrifícios impostos aos portugueses com os PEC do PS e o Pacto de Agressão assinado pela troika da política de direita, com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, que agravaram exponencialmente a carga fiscal sobre o trabalho, desonerando o grande capital, que degradaram serviços públicos na saúde, educação, segurança social e cultura, procurando trilhar o caminho da sua municipalização, que reduziu substancialmente os apoios sociais, que cortou nos salários e pensões, que aumentou o horário de trabalho, que roubou feriados, que obrigou milhares de alentejanos a emigrar, que atacou o poder local, são o efeito da política de direita por si desenvolvida.

 

A uns e a outros a DRA do PCP afirma que só com a ruptura com a política de direita, e o desenvolvimento de uma política patriótica e de esquerda, para a qual o PCP é uma força incontornável e insubstituível na sua construção é possível abrir caminho para pôr fim aos sacrifícios impostos ao povo português.         

 

II

Lutar por uma política patriótica e de esquerda

Reforçar a CDU

 

Desenvolvendo a sua acção política, assente na ligação aos trabalhadores e ao povo e aos seus problemas concretos, o PCP e a CDU, força onde o trabalho, a honestidade e a competência constituem uma marca distintiva do exercício de cargos públicos, relembra que ao invés do ditado popular, não basta parecer é preciso ser. Ou seja os eleitos comunistas nos órgãos autárquicos, na Assembleia da República (AR) ou no Parlamento Europeu (PE), agem não em função dos ciclos eleitorais, mas sim em função dos interesses, direitos e aspirações dos trabalhadores e do povo, cumprindo os compromissos assumidos com estes.

 

Basta olhar, (apesar dos constrangimentos financeiros e legislativos impostos às autarquias), para a intensa actividade dos eleitos autárquicos na procura da melhoria da qualidade de vida das populações. Basta verificar e comparar a acção e iniciativa parlamentar dos deputados comunistas na AR ou no PE em defesa do Alentejo e dos que nele vivem e trabalham, com a acção dos deputados de outras forças políticas. Basta olhar para as lutas que os trabalhadores e a população alentejana têm desenvolvido e para quem tem estado sempre ao seu lado, apoiando as suas reivindicações e dando voz ao seu descontentamento.

 

É neste caminho que o PCP e a CDU continuarão, ouvindo os trabalhadores e o povo alentejano, recolhendo os seus contributos, agindo nos órgãos institucionais, na acção e na luta para a construção de um futuro melhor.

 

Convictos de que não estamos condenados a mais do mesmo e de que há soluções para o País e que a força e o futuro reside no povo, e que a sua construção está na vontade, na luta, na acção e voto de cada um, a DRA do PCP apela a todas e a todos os alentejanos para que participem em força na Marcha Nacional da CDU no próximo dia 6 de Junho em Lisboa, afirmando o seu descontentamento, apoiando a CDU, abrindo caminho para um futuro de justiça social onde os valores de Abril e a Constituição da República constituem pontos de referência.

 

A DRA do PCP saúda os milhares de participantes nas comemorações do 41º aniversário da Revolução de Abril e dos 125 anos do 1º de Maio – Dia internacional dos trabalhadores, nomeadamente para os trabalhadores da grande distribuição com particular destaque para a loja do Pingo doce em Castelo de Vide que no dia 1 de Maio estiveram em greve em defesa do Contrato Colectivo de Trabalho, os trabalhadores da Petrogal/Sines pela participação na greve em defesa da contratação colectiva, dos direitos, do aumento dos salários, a população do Alentejo Litoral que realizaram no dia 22 de Maio uma concentração em defesa dos serviços públicos e apela a todos os membros do Partido, aos trabalhadores, à população, aos democratas e patriotas alentejanos a todas e a todos os que amam o Alentejo para que prossigam a luta em defesa dos seus direitos, por uma região próspera onde seja bom viver.

 

III

Reforçar o Partido – uma condição para a alternativa patriótica e de esquerda

 

A DRA do PCP saúda os cerca de quatrocentos novos membros do Partido na região, que decidiram aderir ao PCP, no quadro da campanha nacional «Os valores de Abril no futuro de Portugal», juntando a sua força, a sua vontade, a sua disponibilidade e militância ao grande colectivo partidário que nas quatro organizações regionais do PCP, lutam afincadamente por uma região melhor e por um Portugal livre e soberano, pela democracia e o socialismo.

 

A DRA do PCP apela aos militantes comunistas, aos amigos, aos trabalhadores e ao povo alentejano, para que participem na Festa do Portugal de Abril – a Festa do Avante! – que se realiza nos dias 4,5, e 6 de Setembro, comprando solidariamente a EP – Entrada Permanente,  divulgando-a e construindo esta grande realização política e cultural.

 

Alentejo, 26 de Maio de 2015  

A Direcção Regional do Alentejo do PCP

 

Para eventual contacto: João Pauzinho (96 44 00 711)