Confirmou-se, a Greve Geral de 14 de Novembro foi uma das maiores no distrito de Évora. Da grande participação e envolvimento de todos, resultou um singular momento de luta dos trabalhadores do distrito. Confirmou-se, a coragem e determinação dos trabalhadores que apesar da repreensão, medo e variados condicionalismos souberam responder à altura.
Para isso, muito contribuiu a adesão na administração local, tendo-se verificado que em doze dos 14 concelhos não houve recolha de lixo, mais de 60% das freguesias fecharam as suas portas. Semelhante resposta se registou na administração central, com diversas escolas e jardins-de-infância encerrados ou a funcionarem com enormes dificuldades, com serviços de finanças, cartórios e conservatórias sem funcionários. O cenário alastrou-se aos hospitais e centros de saúde, registando-se adesões muito significativas à greve geral. No sector privado, valorizar a paragem por completo dos trabalhadores da RTS, de Montemor-o-Novo e Marmoz, de Estremoz, e as significativas adesões na Gestamp, de Vendas Novas, António Bento Vermelho, de Borba e Metalo-Nicho de Arraiolos. Referir ainda, e pela primeira vez, a adesão dos trabalhadores da AIS, de Montemor-o-Novo à Greve, trabalhando apenas 4 dos 12 trabalhadores do 1º turno da noite. Só veio confirmar que esta Greve Geral trouxe mais pessoas e sectores de actividades para a rua, alguns pela primeira vez, quer no sector público quer no sector privado. A comprovar essa grande adesão ficou a manifestação que contou com a participação de cerca de 3000 pessoas.