Jerónimo de Sousa. Secretário geral do PCP participou num comício, em Évora, no dia 18 de Novembro e afirmou que otempo deste governo esgotou-se definitivamente.
No Palácio D. Manuel, completamente cheio, referiu que a situação do País com a permanência deste governo do PSD/CDS vai de mal a pior e que esta situação calamitosa que não pode ser ignorada por quem, como o Presidente da República, tem a responsabilidade de garantir a salvaguarda do interesse nacional e do próprio regime democrático.
Disse que a solução dos problemas económicos e a recuperação do País continua adiada e agudizam-se os problemas sociais. Apontou que o escândalo dos Vistos Gold e a detenção de altas figuras do Estado nestes dias são uma imagem de marca deste Governo do PSD/CDS e que se revelaram, como previu e preveniu o PCP, uma porta aberta ao branqueamento de capitais, através da aquisição de património de luxo e uma fonte de corrupção. Para Jerónimo de Sousa a demissão do Ministro da Administração Interna não é apenas um problema de um ministro é um problema de um governo, de um primeiro-ministro e de uma política cujas opções são um verdadeiro desastre nacional.
Adiantou que o Orçamento de Estado para 2015 é a consolidação do roubo realizado nestes últimos anos, tornando aquilo que era excepcional e transitório em definitivo e permanente, a pretexto de que o País estava sobre assistência financeira. Um OE de exploração que segue o mesmo rumo da política de austeridade severa e de extorsão, que se iniciou com os PEC's de Sócrates e prosseguiu com a política das troikas que PS, PSD e CDS impuseram ao País - o mesmo rumo de saque do nosso povo e de ruína da economia do País dos anteriores Orçamentos deste governo
Afirmou que o PCP propõe, entre outras medidas alternativas a este OE, a renegociação da dívida, a valorização efectiva dos salários e pensões, adopção de uma política fiscal que desagrave a carga sobre os rendimentos dos trabalhadores, a
defesa e recuperação dos serviços públicos, em particular no que concerne às funções sociais do Estado e a assunção de uma política soberana e a afirmação do primado dos interesses nacionais.
Terminou dizendo que o País precisa de uma verdadeira mudança e que é possível vencer e retomar os valores de Abril, que o País precisa urgentemente de uma outra política – uma política patriótica e de esquerda - que ponha fim à política extorsão e confisco, ao declínio económico, à injustiça, ao empobrecimento e ao rumo de afundamento nacional.