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Comunicado da DOREV do PCP‏

A Direcção da Organização Regional de Évora do PCP, reunida no dia 24 de Janeiro, analisou a situação social e política e as tarefas para o reforço do Partido no distrito de Évora, tendo concluído que a luta é o factor determinante e decisivo para a mudança a sério de que o distrito e o País necessitam.

A gravidade da situação económica e social do distrito de Évora atinge contornos com a destruição de milhares de postos de trabalho, com o encerramento de centenas de empresas, empurrando mais de 20 mil trabalhadores para o desemprego e muitos milhares para a emigração forçada, a que se junta o agravamento das condições de trabalho, pela retirada de direitos, com implicação do aumento da exploração e do empobrecimento. A degradação política, coloca na verdade uma necessidade de ruptura com a política de direita que já dura há cerca de quatro décadas e nos tem conduzido ao empobrecimento e cuja responsabilidade é dividida entre o PS/PSD/CDS-PP, mostrando-se cada vez mais necessária a construção de uma política patriótica e de esquerda.

  1. A DOREV do PCP saúda os trabalhadores e a população que lutam e resistem, na defesa da contratação colectiva e do direito ao trabalho, pelo trabalho com direitos, pelo aumento dos salários e do SMN, pela defesa das 35 horas de trabalho, contra a degradação das reformas e pensões, em defesa dos serviços públicos e das funções sociais do Estado. Acusa e responsabiliza o governo e a ARS do Alentejo pela gravíssima situação que se vem assistindo nas urgências do Hospital do Espirito Santo (cuja espera chegou a ultrapassar as 18h00), a falta de funcionamento de muitos postos médicos em diversas freguesias, situação que só não é pior devido à dedicação empenho dos profissionais da saúde (médicos, enfermeiros, outros técnicos, administrativos, auxiliares de acção médica). Na verdade o governo e a ARS Alentejo além de mostrarem falta de sensibilidade para os problemas não tiveram capacidade de resposta, nem apontam medidas para ultrapassar as dificuldades como na falta de médicos e de enfermeiros, permitindo que durante dois dias o HES não tivesse ortopedia na urgência. Também nas escolas e com o objectivo de destruir a escola pública, para além da brutal ofensiva contra os professores, regista-se a falta de trabalhadores não docentes em diversas escolas e a degradação das condições de trabalho. A DOREV do PCP alerta ainda para os ziguezagues do PS face á proposta de Dec Lei do actual governo sobre a municipalização da saúde da educação, segurança social e cultura, pelo que se decide marcar para dia 20 de Março uma audição sobre este tema.

 

  1. A DOREV reafirma que o PCP é a única das grandes forças políticas que, com clareza, defende a água como um bem público indispensável à vida e que não pode ser transformada numa mercadoria para lucro de alguns em detrimento da maioria dos cidadãos, por isso apela ás populações dos concelhos que integram o Sistema de Águas do Centro Alentejo, para que se oponham á integração desses concelhos num Sistema de Lisboa e Vale do Tejo, cujo objectivo final será privatização da água para consumo humano. A DOREV do PCP apela aos trabalhadores, às populações, aos eleitos autárquicos, aos movimentos unitários, para que lutem em defesa da água pública, contra a imposição por parte da ERSAR (Entidade reguladora das Aguas e Resíduos) do preço da água e das tarifas.

 

  1. A DOREV do PCP saúda a resistência dos trabalhadores da administração pública na luta pelas 35 horas e apela á mobilização para as acções de luta convocadas pelo STAL entre o dia 26 e 30 de Janeiro junto ao Ministério das Finanças em Lisboa, para a participação na manifestação dos trabalhadores da administração pública central no dia 30 de Janeiro. Apela ainda aos reformados, pensionistas e idosos, a lutarem na reposição e valorização das pensões e reformas e por melhor assistência médica, adverte que o actual Governo, ao contrário do que diz, “premeia” os reformados, pensionistas e idosos com a manutenção em 2015 da suspensão da actualização anual das pensões e do Valor Indexante de Apoios Sociais (IAS) a vigorarem desde 2011. Esta decisão que vem agravar as suas condições de vida e é expressão da política de direita que coloca o distrito com elevado nível de pobreza entre os idosos e os mais baixos valores de reformas e pensões."

 

 

  1. A DOREV do PCP apela aos trabalhadores, aos reformados e a outras camadas da população para que intensifiquem a luta em defesa dos seus direitos, em que se destacam, entre outras, as acções marcadas pelo Pessoal não docente das escolas dia 20 de Fevereiro, a greve dos professores durante o mês de Fevereiro e a marcha da juventude trabalhadora entre 23 e 28 de Março, tendo a sua passagem no distrito dia 23 de Março. Reafirma a grande prioridade do trabalho de reforço da organização, salientado os êxitos alcançados na acção de contactos, a campanha de recrutamento em curso e a campanha nacional de fundos para a compra da Quinta do Cabo, tarefas para as quais as organizações do Partido no distrito tem demonstrado elevada consciência de as concretizar nos prazos definidos.

 

  1. A DOREV do PCP salienta ainda a realização em Évora, no Teatro Garcia de Resende, no dia 7 de Fevereiro, de um comício com a participação do Sec-Geral do PCP Jerónimo de Sousa, assinalando aos 40 anos da Reforma Agraria. Salientamos ainda as comemorações do 94.º aniversário do PCP estando já marcadas mais de uma dezena de iniciativas no distrito de Évora.

 

  1. A DOREV do PCP aponta como linhas fundamentais a desenvolver:

 

a)     Alargar aos diversos níveis, as reuniões e os plenários já marcados no âmbito da CDU e o contacto com outros democratas;

b)     Dinamizar e reforçar a luta dos trabalhadores e das populações, a partir dos seus problemas concretos, tendo no centro a necessidade de uma política patriótica e de esquerda;

c)     Prosseguir o reforço do Partido, tendo como elementos marcantes as orientações definidas pelo C.C. e a Assembleia da Organização Regional de Évora.

 

A DOREV considera que a concretização destas linhas de trabalho são contributos determinantes e decisivos para a mudança que o País e o distrito precisam. Reafirmamos que não haverá saída, nem política de patriótica e de esquerda sem o PCP e, muito menos, contra o PCP.

 

A Direcção da Organização Regional de Évora do PCP