Votar em Edgar Silva é decisivo para afirmar Abril e derrotar o candidato da direita
Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, participou do dia 8 de Janeiro, numa sessão pública em Montemor-o-Novo e num jantar-comício em Redondo que tiveram a presença de mais de 100 e 150 militantes, activistas e simpatizantes do PCP.
Nas intervenções que fez nestes concelhos Jerónimo de Sousa referiu-se à situação política e social do país e às eleições presidenciais de 24 de Janeiro próximo.
Sobre a situação social e política disse que com as eleições legislativa de 4 de Outubro, conseguiu-se derrotar o PSD e o CDS, retirando-lhes a maioria absoluta criando condições para uma alternativa política, tendo em conta a relação de forças actualmente existente da Assembleia da República e que isso só foi possível devido à luta intensa dos trabalhadores e do povo contra a política de direita do PSD/CDS
Sobre a situação política realçou o papel importante que o PCP teve na construção da actual alternativa política de governo, quando no dia 4 de Outubro, afirmou que a direita tinha sido derrotada, que o PSD e o CDS estavam em minoria e que o PS só não formaria governo se não quisesse. Sobre os compromissos assumidos pelo PCP neste novo quadro Jerónimo de Sousa salientou o facto de o PCP ter manifestado disponibilidades para trabalhar com o PS o que levou à convergência em relação a um conjunto de matérias, entre elas, os salários, as reformas, as pensões, o Serviço Nacional de Saúde, os direitos dos trabalhadores. E foi esse o nível do compromisso que foi assumido com o PS, ou seja, convergir naquilo que estávamos de acordo, mas sublinhando que o PCP manteria a sua atitude, o seu posicionamento, divergindo naquilo que era de divergir, sendo diferente naquilo que tinha de ser diferente. Afirmámos ao PS, e publicamente, que o nosso principal compromisso era com os trabalhadores e com o povo português e não com qualquer governo”.
Sobre as eleições presidenciais do próximo dia 24 de Janeiro, referindo-se à importância que estas têm para o país e à apresentação do candidato do PCP Edgar Silva, Jerónimo de Sousa disse que “o PCP intervirá de modo próprio nesta eleições, tudo fazendo para que esteja na Presidência da República alguém que cumpra e faça cumprir a Constituição”. Edgar Silva é a garantia de mobilizar o nosso próprio eleitorado e de realizar o esclarecimento com objectivos claros de afirmar os valores de Abril no futuro de Portugal, de cumprir e fazer cumprir a Constituição, de valorizar os direitos e os salários dos trabalhadores e das populações e afirmar a nossa soberania nacional.
Jerónimo de Sousa considerou que nestas eleições “parece existir um grande equívoco, dando a impressão que não há um candidato da direita. Marcelo Rebelo de Sousa tem tido a arte de fazer uma coisa espantosa que é de estar de acordo com uma coisa, com outra coisa e com o seu contrário. O candidato da direita quer ser Presidente da República para continuar a política de direita, a política do PSD/CDS que desrespeitou a Constituição da República Portuguesa.
A finalizar Jerónimo de Sousa referiu a importância de vencer a primeira batalha das eleições presidenciais no dia 24 de Janeiro, com o voto em Edgar Silva em resultado da “mobilização dos nossos eleitores, dos democratas e patriotas, para que votem e confirmem o bom resultado das eleições legislativas e a direita sofra mais uma pesada derrota. A força da nossa militância e da nossa luta são decisivas para travarmos com êxito esta batalha eleitoral”.
Évora, 9 de Janeiro de 2016.