João Oliveira, deputado eleito pelo distrito de Évora e Presidente do Grupo Parlamentar do PCP, esteve na passada sexta-Feira em acções de contacto com trabalhadores do distrito de Évora, inserido na Campanha Nacional do PCP “Mais direitos, mais futuro. Não à Precariedade”.
O dia começou bem cedo, com uma acção de contacto e uma intervenção para cerca de uma centena de operários da TYCO que, à saída da empresa, pararam e ouviram a denúncia que o PCP tem feito das condições de precariedade em que estes trabalhadores se encontram. TYCO que retira direitos aos trabalhadores e os obriga a trabalhar 6 dias por ano sem lhes pagar, ao que se junta as pressões a que os trabalhadores estão sujeitos para terem ritmos de trabalho alucinantes, facto que tem provocado inúmeros acidentes de trabalho.
Durante a manhã ainda se realizaram outras acções de contacto com os trabalhadores do Contact-Center da Fidelidade, um encontro com trabalhadores em CEI´S (Contrato de Emprego Inserção) do Centro Escolar de Montemor-o-Novo. Neste encontro os trabalhadores puderam colocar ao deputado João Oliveira que o centro escolar não tinha funcionários suficientes e que sem eles não haveria trabalhadores para desempenhar todas as tarefas necessárias. A estes trabalhadores foi colocado que deviam ter um posto de trabalho efectivo e com direitos, e que esta é a exigência do PCP e que levará este exemplo à discussão na Assembleia da República, de como estes estes trabalhadores que estão no desemprego, fazem falta, e deviam ter um vínculo de trabalho.
A manhã acabou com uma reunião com a União de Sindicatos de Évora onde foram dados vários exemplos de situações de precariedade, como na K-Plastic, em Vendas Novas, em que cerca de 80% das trabalhadores têm vínculos precários, ou na A.I.S em Montemor-o-Novo, onde mais de metade dos trabalhadores têm vínculos precários, ou na Câmara Municipal de Estremoz em cerca dos 300 trabalhadores, cerca de 130 são de empresas de trabalho temporário ou CEI´S.
Por fim o deputado esteve, apesar de uma chuva imensa, a contactar com os trabalhadores da Gestamp, em Vendas Novas, em relação à qual, recentemente, o PCP fez um requerimento sobre o despedimento por um mês de cerca de 30 trabalhadores e denunciou o uso abusivo, por esta empresa, do recurso a trabalho temporário.