22 Outubro 2014
Apesar da propaganda do Governo, com ilusões de recuperação económica, de redução de impostos e devolução de salários, de melhoria das condições de vida, a verdade é que a proposta de Orçamento do Estado para 2015 aponta a perspectiva de continuação da mesma política que nos tem afundado e confirma os eixos essenciais da acção do Governo e dos objectivos que, com os PEC e mais acentuadamente com o Pacto de Agressão, têm vindo a ser impostos ao País.
Trata-se de uma proposta de Orçamento que procura esconder o agravamento do endividamento e da dependência do País que mantém e confirma o assalto aos salários e pensões de reforma, que promove o desemprego e a precariedade designadamente na Administração Pública, que prossegue a asfixia financeira e o desmantelamento das funções sociais do Estado (na Saúde, Educação e Segurança Social) e dos serviços públicos, pondo em causa direitos constitucionalmente consagrados, que acentua o ataque ao poder local e à sua autonomia, que prossegue uma política fiscal assente na insuportável tributação sobre os trabalhadores e outras camadas não-monopolistas a par de uma escandalosa protecção ao grande capital, a lucros e dividendos, à especulação financeira, que consagra a criminosa política de alienação de empresas e sectores estratégicos, com a intenção de novas privatizações ou concessões.
No total, o Governo soma 1.249 milhões de euros de austeridade adicional à já difícil situação em que se encontra o País e as vidas dos trabalhadores e do povo.