A Organização Regional de Évora saudou os participantes na Marcha Nacional, pela demissão do governo, a convocação de eleições, e uma política alternativa, que desfilaram pelas ruas do centro histórico de Évora. A participação de centenas de trabalhadores foi expressão de descontentamento e de indignação contra a política que persiste em atacar direitos, liberdades e garantias laborais e sociais.
O PCP realizou do dia 22 de Novembro, no Palácio D. Manuel, em Évora, um Encontro distrital de Eleitos e Activistas da CDU para afirmar os traços distintivos do projecto autárquico do PCP para defender Abril. O encontro contou com a presença de Jorge Cordeiro da Comissão Política do PCP e fez um balanço positivo do trabalho realizado.
Decorrido um ano de mandato após as últimas eleições autárquicas onde a CDU obteve uma vitória eleitoral importante com a conquista das Câmaras Municipais de Alandroal, Évora e Vila Viçosa e de mais Juntas de Freguesias e mais eleitos nos órgãos autárquicos, as dezenas de participantes fizeram um balanço positivo do trabalho realizado e perspectivaram as linhas de acção futura.
O balanço da gestão democrática da CDU nas autarquias do distrito de Évora é positivo, apesar da grave situação financeira em que o PS deixou as Câmaras Municipais de Alandroal e de Évora e da ofensiva contra o Poder Local Democrático desenvolvida pelos últimos governos do PS e do PSD/CDS. O trabalho realizado neste quadro, quer nas autarquias que já eram geridas pela CDU, quer nas que a CDU cumpre o primeiro ano de mandato, apresenta obra realizada e sinais bem visíveis de mudança os eleitos do PCP e da CDU são os únicos que assumem os seus mandatos e a sua intervenção nas autarquias, a partir de um estilo de gestão que, afastada de qualquer influência de traços e características de ordem individual, faz da ligação aos trabalhadores e do contacto com as populações e da sua participação um elemento essencial na condução da gestão autárquica, da fundamentação das deliberações a tomar e da adequação das principais opções e actos de gestão às necessidades das populações. É esta forte ligação aos trabalhadores e às populações que permitiu identificar os problemas existentes e a sua prioridade, os recursos disponíveis e as soluções para os resolver.
Jerónimo de Sousa. Secretário geral do PCP participou num comício, em Évora, no dia 18 de Novembro e afirmou que otempo deste governo esgotou-se definitivamente.
No Palácio D. Manuel, completamente cheio, referiu que a situação do País com a permanência deste governo do PSD/CDS vai de mal a pior e que esta situação calamitosa que não pode ser ignorada por quem, como o Presidente da República, tem a responsabilidade de garantir a salvaguarda do interesse nacional e do próprio regime democrático.
Disse que a solução dos problemas económicos e a recuperação do País continua adiada e agudizam-se os problemas sociais. Apontou que o escândalo dos Vistos Gold e a detenção de altas figuras do Estado nestes dias são uma imagem de marca deste Governo do PSD/CDS e que se revelaram, como previu e preveniu o PCP, uma porta aberta ao branqueamento de capitais, através da aquisição de património de luxo e uma fonte de corrupção. Para Jerónimo de Sousa a demissão do Ministro da Administração Interna não é apenas um problema de um ministro é um problema de um governo, de um primeiro-ministro e de uma política cujas opções são um verdadeiro desastre nacional.
Adiantou que o Orçamento de Estado para 2015 é a consolidação do roubo realizado nestes últimos anos, tornando aquilo que era excepcional e transitório em definitivo e permanente, a pretexto de que o País estava sobre assistência financeira. Um OE de exploração que segue o mesmo rumo da política de austeridade severa e de extorsão, que se iniciou com os PEC's de Sócrates e prosseguiu com a política das troikas que PS, PSD e CDS impuseram ao País - o mesmo rumo de saque do nosso povo e de ruína da economia do País dos anteriores Orçamentos deste governo
Afirmou que o PCP propõe, entre outras medidas alternativas a este OE, a renegociação da dívida, a valorização efectiva dos salários e pensões, adopção de uma política fiscal que desagrave a carga sobre os rendimentos dos trabalhadores, a
defesa e recuperação dos serviços públicos, em particular no que concerne às funções sociais do Estado e a assunção de uma política soberana e a afirmação do primado dos interesses nacionais.
Terminou dizendo que o País precisa de uma verdadeira mudança e que é possível vencer e retomar os valores de Abril, que o País precisa urgentemente de uma outra política – uma política patriótica e de esquerda - que ponha fim à política extorsão e confisco, ao declínio económico, à injustiça, ao empobrecimento e ao rumo de afundamento nacional.