Recebeu o Grupo Parlamentar do PCP uma comunicação do “Grupo dos Amigos de Viajar”, associação que reúne um conjunto de pessoas interessadas nos aspetos culturais das viagens que organizam, uma comunicação acerca do Cromeleque e Menir dos Almendres.
Por ocasião de visita à Região de Évora este Grupo ficou impressionado com o Cromeleque dos Almendres, monumento megalítico mais importante da península Ibérica e um dos mais antigos do Mundo.
O Monumento dos Almendres, foi “edificado há 7000 anos quando a humanidade fazia a transição na Europa Ocidental, da caça para a pastorícia”. Trata-se de património português que é também património da Humanidade e que temos o dever de preservar.
Este conjunto megalítico, bem como o Menir do Monte dos Almendres que o completa, apesar de terem sido declarados monumento nacional a 29 de janeiro de 2015 continuam integrados numa propriedade privada e só a boa vontade do proprietário e o empenhamento da Câmara Municipal de Évora permitem que o recinto seja visitado. Infelizmente sem as condições que assegurem a sua preservação e sem vigilância indispensável a um monumento desta grandeza.
O “Grupo dos Amigos de Viajar” constatou ainda que o monumento se encontra rodeado de terra desprovida de qualquer cobertura vegetal e apresenta fortes sinais de lixiviação provocada pelas chuvas o que pode dar origem a um descalçamento dos menires e à sua queda.
Ficámos também a saber que foi enviada à Senhora Ministra da Cultura informação idêntica à remetida ao Grupo Parlamentar do PCP solicitando a necessidade da intervenção do Estado no sentido de preservar este momento único, com o objetivo de o Governo Português solicitar apoio da Comissão Europeia e da UNESCO do reconhecimento deste monumento como património mundial da humanidade.
Assim, ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, solicito através de Vexa. ao Ministério da Cultura os seguintes esclarecimentos:
1- Tem o Governo conhecimento desta situação?
2- Que medidas vai o governo tomar no sentido de proceder à preservação e valorização daquele monumento?