No passado dia 6 de Julho, trabalhadores do Call Center da Fidelidade de Évora e representantes do SINAPSA – Sindicato Nacional dos Profissionais dos Seguros e Afins foram recebidos pelo líder do Grupo Parlamentar do PCP – João Oliveira, na Assembleia da República.
Na audição pública foi dado nota da ausência de respostas por parte do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social aos requerimentos do PCP quanto às medidas inspectivas ou de fiscalização adoptadas relativamente ao desrespeito pelos direitos dos trabalhadores e desrespeito pela legislação laboral praticada pela Fidelidade no Call Center, em Évora. Nomeadamente, a ausência da aplicação da contratação colectiva do sector dos seguros, a desregulação dos horários de trabalho, a falta de condições de trabalho, a prática ilegal do banco de horas, as limitações ao direito à greve e ao exercício da liberdade sindical.
Os trabalhadores deram nota da chantagem e pressão exercidas pela administração, seja através de represálias por mudanças de funções, da marcação de 2 dias de faltas injustificadas com repercussões nos salários e prémios dos trabalhadores que aderiram à greve, dos processos disciplinares aos delegados sindicais e aos trabalhadores que integraram o piquete de greve. Os dirigentes do SINAPSA relataram quer o comportamento da empresa Newsprings ao longo deste processo, pautado por elementos de natureza antidemocrática, recusando-se a dialogar e preocupada somente em interpor ações na tribunal contra o sindicato, bem como a atitude da ACT perante as irregularidades praticadas neste Call Center.
O PCP demonstrou solidariedade com a jornada de luta e acção reivindicativa dos trabalhadores que marcaram presença à porta da sede da empresa “Fidelidade”, em Lisboa, marcada simbolicamente pela entrega de uma carta com o caderno reivindicativo, comprometendo-se a continuar com a sua ação institucional de denúncia e ação reivindicativa em defesa dos direitos e por melhores condições de vida e de trabalho.