POTENCIAR O AEROPORTO DE BEJA, MODERNIZAR A REDE RODOFERROVIÁRIA, REFORÇAR OS SERVIÇOS PÚBLICOS INVESTIR NA BASE ECONÓMICA
1. O Executivo da DRA do PCP, regista com preocupação, o carácter generalista do conjunto de decisões do governo minoritário do PS, como as que decorrem do “Plano Nacional da Política de Ordenamento do Território” (PNPOT), do designado “Programa Nacional para a Coesão Territorial” (PNCT), e das recentes medidas para a nova versão do Programa de Valorização do Interior (PVI), aprovado e anunciado com pompa e circunstância pelo Conselho de Ministros extraordinário no dia 14 de Julho. As estas três peças, acrescenta-se as opções tomadas no quadro da “reprogramação” do PT2020 e da preparação da programação do PT2030.
2. Tendo já assumido uma posição clara sobre o PNPOT, o Executivo da DRA do PCP, sublinha que o governo minoritário do PS, ao mesmo tempo que fala em coesão territorial, continua a fechar ou a degradar o funcionamento de serviços públicos, na educação, na saúde, no serviço de correio, na justiça e segurança dos cidadãos. Nesse sentido e para além da “bota não bater com a perdigota” quer o PNCT, quer o PVI, são uma mão cheia de nada, ignorando necessidades prementes e urgentes para a região.
3. O Executivo da DRA do PCP, alerta para o facto de para além do foguetório mediático, do oportunismo e contradições que atravessam diversos sectores do PS, quer no plano local, regional e nacional, a região e o país precisam, que se potenciem infraestruturas existentes como o Aeroporto de Beja, que tem o seu valor e potencialidades intrínsecas, e aponta a urgência do Estado (que nele já investiu milhões de euros) o veja, em articulação e com a participação das instituições representativas da Região, como um importante instrumento para a dinamização de um cluster associado à aeronáutica, dinamizador da actividade das empresas da Região e do seu desenvolvimento, potenciador do incremento de uma ainda maior atracção turística.
4. O Executivo da DRA do PCP, considera que a potenciação do aeroporto de Beja, assume uma importância ainda maior num quadro em que não dispensando a construção do Novo Aeroporto de Lisboa em Alcochete, se verifica: o crescimento da oferta e da procura turística; a saturação do aeroporto de Lisboa e o esgotamento da capacidade do aeroporto de Faro, colocando a necessidade, urgente do cabal aproveitamento do aeroporto de Beja, e o investimento (aproveitando e rentabilizando todos meios financeiros disponíveis e a disponibilizar), com a modernização e electrificação da rede ferroviária e do respectivo material circulante de forma a garantir ligações rápidas e confortáveis, no acabamento de obras e no lançamento de outras na rede rodoviária, capazes de potenciar ainda mais o Porto de Sines e contribuir para o desenvolvimento da base económica regional. O Executivo da DRA do PCP manifesta desde já o seu total desacordo com a implementação de portagens no IP8/A26, como o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, indiciou na intervenção final das jornadas parlamentares do PS em Beja e reclama a abertura do troço já finalizado e a concretização total do projecto sem portagens.
5. O Executivo da DRA do PCP, insiste na necessidade da construção da 2ª fase do Hospital de Beja (sucessivamente adiada), na construção do Hospital Central Público do Alentejo e das infraestruturas necessárias, mantendo e reforçando as valências em cada uma das unidades de saúde nas 4 sub-regiões, na melhoria e reforço dos cuidados primários de saúde e da rede de cuidados paliativos e continuados, e no aumento do número de profissionais no Serviço Nacional de Saúde na região.
6. O Executivo da DRA, alerta ainda para o facto de a região necessitar de uma verdadeira política de coesão territorial, de um poder regional democrático, que tenha em conta as reais necessidades da região, de quem aqui vive e trabalha, valorize o poder local democrático, potencie a capacidade instalada e a instalar na base económica, fixe pessoas e atraia nova gente, respeite os direitos dos trabalhadores.
7. O Executivo da DRA ao mesmo tempo que denuncia a atitude demagógica e hipócrita do PS, reafirma a disponibilidade do PCP para continuar a intervir e a lutar pelo desenvolvimento da região do Alentejo, pelo que ele representa na melhoria da qualidade de vida das suas gentes e pelo contributo que pode dar para o desenvolvimento de todo o País.
Alentejo, 18 de Julho de 2018
O Executivo da DRA do PCP